Publicado em 29/09/2016

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Adolescentes sedentários levam hábito para a fase adulta, diz estudo

Maioria dos adolescentes americanos não se exercita o suficiente. Estudo reforça a importância de começar atividades físicas desde cedo.


Crianças participam de corrida em escola de Atlanta, no estado da Georgia, nos Estados Unidos: pesquisa que avaliou hábitos de sedentarismo são levados da adolescência para fase adulta.


A maioria dos adolescentes americanos não se exercita o suficiente, e eles frequentemente mantêm seus hábitos sedentários quando entram na fase adulta, segundo um estudo publicado pela revista médica "Pediatrics".

Mais de 9 a cada 10 adolescentes americanos não fazem o mínimo de 60 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa recomendada pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

"Inatividade física é um dos maiores preditores de obesidade na infância e adolescência, o que leva a um aumento da incidência da obesidade e da síndrome metabólica nos adultos", diz o autor do estudo Kaigang Li, pesquisador da Universidade do Estado do Colorado em Fort Collins.

A obesidade mais do que dobrou entre as crianças e quadruplicou entre adolescentes nos últimos 30 anos nos Estados Unidos, segundo o CDC.

Mais de um terço das crianças e adolescentes americanos estão atualmente com sobrepeso ou obesidade, o que os coloca em risco para doenças cardiovasculares, diabetes, problemas nas articulações e nos ossos, apneia do sono e questões psicológicas como baixa autoestima.

Para avaliar os níveis de atividade física em adolescentes, Li e colegas acessaram os hábitos de exercício em uma amostra de 561 estudantes do ensino médio de 44 escolas representando comunidades urbanas, suburbanas e rurais.

No início do estudo, quando os participantes tinham 16 anos em média, os pesquisadores lhes pediram para usar rastreadores de atividade física por uma semana para ver o quanto de atividade física faziam.

Nesta fase, os estudantes faziam em média 27 minutos de exercício por dia de segunda a sexta. Um ano depois, esse tempo subiu para 29 minutos e depois baixou para 28 minutos no último ano do ensino médio e um ano após completar a escola.

Os finais de semana eram ainda piores, quando os participantes se exercitavam por apenas 20 minutos diários.

"A atividade física na transição para a fase adulta é importante para todos os indivíduos, e padrões de atividade começam cedo na vida e persistem até a fase adulta", disse o médico Ravi Shah, pesquisador da Escola de Medicina de Harvard. Ele não está envolvido no estudo.

"Engajamento em atividades na escola, eventos comunitários e exercício supervisionado, além de programas de perda de peso para crianças que precisam serão importantes para prevenir doenças cardiovasculares nos anos seguintes."

http://g1.globo.com/