Publicado em 30/09/2016

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Desemprego chega a 11,8% e já afeta 12 milhões de pessoas

É a maior taxa da série da Pnad, que começou no 1º trimestre de 2012. Número de desocupados chegou a 12 milhões no país, segundo o IBGE.


Desemprego no Brasil sobe a 11,8% no tri até agosto com 12 mi de desempregados, mostra Pnad Contínua. 

O desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior da série da Pnad, que teve início no primeiro trimestre de 2012.

A taxa aumentou em relação à registrada no trimestre anterior, de março a maio, quando ficou em 11,2%, e em comparação à relativa ao trimestre encerrado em agosto de 2015, que atingiu 8,7%.

De junho a agosto deste ano, havia 12 milhões de desocupados no Brasil, de acordo com o IBGE. O número representa uma alta de 5,1% sobre o trimestre de março a maio de 2016 e de  36,6% diante do mesmo período de 2015.

Por outro lado, a população ocupada somou 90,1 milhões. Em comparação ao trimestre anterior, o contingente recuou 0,8% e em relação ao mesmo trimestre do ano passado, diminuiu 2,2%.

“O contingente de pessoas ocupadas continua em queda em ambos os períodos de comparação. Nós voltamos ao patamar de 2013. E em um ano, esse contingente perdeu cerca de 2 milhões de trabalhadores”, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

Desse total, havia 34,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O número não mudou em relação ao trimestre de março a maio de 2016. Já frente ao trimestre de junho a agosto de 2015, a queda foi de 3,8%.

No trimestre encerrado em agosto, o rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.011 e praticamente não variou em nenhuma das comparações.

Categorias de trabalhadores
O número de trabalhadores domésticos diminuiu 2,5% em relação ao trimestre de março a maio ao atingir 6,1 milhões de pessoas. Se comparado com o resultado do trimestre de junho a agosto de 2015, houve estabilidade.

O número de trabalhadores do setor público, em compensação, cresceu 1,6% sobre o trimestre anterior e chegou a 11,4 milhões de pessoas. Na outra base comparação, não houve variação.

Com o aumento do desemprego, o número de trabalhadores por conta própria vinha aumentando, mas nesse trimestre encerrado em agosto, foi registrada queda de 3,2%, para 22,2 milhões de pessoas. Sobre o mesmo período de 2015, houve estabilidade.

Indústria
Na comparação com o trimestre anterior, o emprego na indústria caiu 1,9%, na construção recuou 3,3% e nos serviços domésticos diminuiu 2,8%. Por outro lado, aumentou 1,9% na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (acréscimo de 294 mil pessoas).

http://g1.globo.com/

Anay Cury e Cristiane Caoli