Publicado em 11/10/2016
Professor faz 'CSI' em escola e desafia estudantes a resolverem 'crimes'
Estudantes montam cenários e solucionam 'homicídios' em Jundiaí. Gosto de alunos por séries policiais virou assunto em aula de biologia.
Estudantes montam cenários e solucionam homicídios cenográficos
Marcas de "sangue" espalhadas pelas paredes e um "corpo" jogado no chão com supostas marcas de tiros nas costas. A cena, que até então poderia ser de um crime ou seriado policial como CSI: Crime Scene Investigation, nada mais é do que um dia de aula para estudantes de 14 anos de uma escola em Jundiaí (SP). O gosto deles por programas de TV fez um professor de ciências biológicas levar o assunto para o ambiente escolar, desafiando os alunos a resolverem os "homicídios" cenográficos.
Divididos em grupos, os alunos montaram os cenários usando a criatividade junto com as dicas em sala de aula e o que já viram na televisão. Eles usaram lupas, microscópio, sangue falso vendidos em lojas de fantasias, corda, algodão e perucas para construção das vítimas, além de tecnologias para gravar e simular os cenários.
Em cada aula, uma equipe apresentava o crime que deveria ser investigado pelos outros estudantes. Após isto, deveriam fazer entrevistas com funcionários de escola e agir como verdadeiros peritos policiais, coletando pistas e analisando os detalhe dos corpos.
Tudo isso para preencher um questionário e fazer uma apresentação respondendo perguntas sobre a identidade da “vítima”, os motivos da "morte" e como o crime teria acontecido, além de explicar como poderiam testar as hipóteses e as evidências encontradas.
“Na área de Ciências Biológicas, já estamos acostumados a tratar de assuntos polêmicos, como o aborto, a eutanásia, clonagem, sexualidade, origem da vida, evolução humana, entre outros temas. Esse foi mais um desafio que valeu a pena", diz ao afirmar que a proposta também contou com ajuda de professores de disciplinas como geografia, língua portuguesa, história, artes e educação física.
O projeto, que foi desenvolvido na forma de um piloto, teve duração de dois meses, mas já empolgou a direção da escola. No ano que vem, o "CSI na sala de aula" deve agregar ainda outras disciplinas da grade curricular e ser realizado por um período maior.
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