Publicado em 07/12/2016
Peruanos estendem tecidos em montanhas para captar água de neblina
Lima, capital do Peru, é a segunda maior cidade do mundo localizada em um deserto - fica atrás só de Cairo, no Egito.
Redes de tecido conectadas a uma tubulação e reservatórios.
Lima, capital do Peru, é a segunda maior cidade do mundo localizada em um deserto - fica atrás só de Cairo, no Egito.
Com menos de 4 cm de
chuva por ano, é comparável à parte mais seca do Saara.
A maior parte da água
que abastece a cidade vem dos distantes lagos andinos, mas dificilmente chega
regularmente nos bairros periféricos, situados nas montanhas próximas do centro
urbano.
Para melhorar o
suprimento de água à população mais pobre, que mora nessas regiões, uma ONG deu
início a um projeto ousado: está captando água da neblina.
A iniciativa se
aproveita do fato de que a região de Lima fica coberta por uma neblina espessa
por até nove meses ao ano.
Abel Cruz descobriu como
captar gotículas de água que ficam suspensas nessa névoa: o grupo dele estende
grandes de redes de tecido que ficam conectadas a uma tubulação e
reservatórios.
Por dia, elas são
capazes de extrair de 200 a 400 litros de água da neblina.
Hoje, 60 redes fornecem
água gratuitamente a 250 famílias.