Publicado em 07/02/2017

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Líder supremo iraniano diz a Trump que 'nenhum inimigo pode paralisar' o Irã

Ali Khamenei chamou os iranianos a responder às ameaças do presidente americano. Para o aiatolá, Trump mostra a 'real face' dos Estados Unidos.

Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, convidou iranianos a responder às ameaças feitas pelo presidente Donald Trump. Esse foi seu primeiro discurso após sua posse de Trump


O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rejeitou o alerta feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Teerã interromper os testes de mísseis e pediu aos iranianos para responderem às "ameaças" de Trump na sexta-feira (10), no aniversário da Revolução de 1979, segundo a Reuters.


"Nenhum inimigo pode paralisar a nação iraniana", disse Khamenei, segundo seu site oficial, em encontro com comandantes militares em Teerã, em seu o primeiro pronunciamento do líder iraniano desde a posse de Trump.


"[Trump] diz 'vocês deveriam ter medo de mim'. Não! O povo iraniano irá responder suas palavras em 10 de fevereiro [aniversário da Revolução] e irá mostrar sua posição contra tais ameaças".


Para Ali Khamenei, Trump mostra a "real face" dos Estados Unidos. "Estamos gratos por ter facilitado nossa vida quando ele mostrou a verdadeira face da América. Durante sua campanha eleitoral e depois disso, ele confirmou o que estamos dizendo há mais de 30 anos sobre a corrupção política, econômica, moral e social no sistema de governo dos EUA", declarou Khamenei, segundo a Reuters.


Teste de míssil

Na quarta-feira (1º), o ministro da Defesa iraniano, general Hossein Dehghan, confirmou a realização de um teste de míssil, mas negou que ação constituísse uma violação do acordo nuclear.


Donald Trump na quinta-feira (2) ter advertido formalmente o Irã por seu recente teste de míssil, uma ação estimulada, segundo ele, pelo "desastroso" acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano.


"O Irã foi formalmente ADVERTIDO por ter lançado um míssil balístico. Deveria agradecer ao desastroso acordo que os Estados Unidos assinaram com eles!", afirmou Trump no Twitter, repetindo os comentários similares do assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn.


Em retaliação, o governo americano anunciou na sexta-feira (3) que vai aplicar novas sanções contra o país. Em um comunicado em seu site, o Tesouro dos EUA listou 13 indivíduos e 12 organizações suspeitos de apoiar logisticamente os mísseis balísticos iranianos que serão alvo das sanções. Algumas são baseadas nos Emirados Árabes Unidos, no Líbano e na China.


g1.globo.com