Publicado em 24/02/2017

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Desemprego entre os jovens de até 24 anos chega a 24,1%, diz IBGE

A taxa de desemprego entre a população que está entrando no mercado de trabalho, é mais que o dobro da taxa geral de desemprego para o período, divulgada no final do mês passado.


Desemprego entre os jovens de até 24 anos chega a 24,1%


A taxa de desemprego entre a população que está entrando no mercado de trabalho, de 18 a 24 anos, foi de 24,1% no primeiro trimestre de 2016. É mais que o dobro da taxa geral de desemprego para o período, divulgada no final do mês passado, que foi de 10,9%.


Houve alta em relação ao trimestre anterior (19,4%) e ao primeiro trimestre de 2015 (17,6%).


Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Foram pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa.


O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.


Veja a taxa de desemprego em todas as faixas de idade:

De 14 a 17 anos: 37,9%

De 18 a 24 anos: 24,1%

De 25 a 39 anos: 9,9%

De 40 a 59 anos: 5,9%

De 60 anos ou mais: 3,3%


Desemprego subiu em todas as regiões


A taxa de desemprego subiu em todas as regiões do país.


A taxa mais alta foi registrada na região Nordeste, onde passou de 9,6% no primeiro trimestre do ano passado para 12,8% no deste ano. Em seguida, vem a região Sudeste (de 8% para 11,4%), a Norte (de 8,7% para 10,5%), a Centro-Oeste (de 7,3% para 9,7%) e a Sul (de 5,1% para 7,3%).


Entre os Estados, as maiores taxas estão na Bahia (15,5%), no Rio Grande do Norte (14,3%) e no Amapá (14,3%).


Proporcionalmente, há menos desempregados em Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).


Maioria dos desempregados é mulher

As mulheres representam 50,8% dos desempregados no país no primeiro trimestre, o que significa que há 5,64 milhões de desempregadas. Os homens são 49,2% (5,45 milhões).


A única região onde há mais homens (51,1%) que mulheres (48,9%) desempregados, proporcionalmente, é a Nordeste. Já a região com maior percentual de mulheres entre os desempregados é a Sul --elas são 54,5% e eles, 45,6%.


Entre as brasileiras, a taxa de desemprego é de 12,7%, contra 9,5% entre os brasileiros.


Três pesquisas sobre emprego

O IBGE fazia outras duas pesquisas com dados de desemprego, mas vai manter apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.


A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) media a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação da PME foi em março e indicou que o desemprego atingiu 8,2% em fevereiro.


A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro e, depois, encerrada. Segundo ela, o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e o maior tombo desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.

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