Publicado em 07/03/2017

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Latam irá cobrar R$ 50 para despachar mala em voo nacional

A empresa afirmou que, ''nos próximos meses'', o despacho de uma mala de até 23 kg continuará gratuito, mas anunciou que no futuro pretende cobrar R$ 50 pela primeira mala.


Latam irá cobrar R$ 50 para despachar mala em voo nacional


A Latam anunciou nesta segunda-feira (6) as novas regras para a franquia de bagagem nos voos nacionais e internacionais. A empresa afirmou que, ''nos próximos meses'', o despacho de uma mala de até 23 kg continuará gratuito, mas anunciou que no futuro pretende cobrar R$ 50 pela primeira mala. O valor para quem quiser despachar mais de uma mala ainda não foi definido. 


Apesar das novas restrições para o despacho de bagagem, a Latam fala somente em um expectativa de redução de 20% das passagens até 2020, mas não cita queda nos preços dos voos internacionais.


''A experiência internacional mostra que os preços das passagens caíram e mais pessoas passaram a usar o transporte aéreo onde a bagagem despachada é cobrada à parte. Com o novo jeito de voar, a Latam e suas filiais projetam reduzir em até 20% as tarifas mais baratas disponíveis para seus voos domésticos até 2020'', afirma Cláudia Sender, CEO da Latam.


A empresa ainda não definiu o prazo para o início da cobrança nos voos nacionais. “Queremos dar tempo ao cliente para que se acostume com nossos novos procedimentos antes de iniciar a cobrança da primeira mala em voos domésticos”, comenta Adriana Gomes, Diretora de Marketing da Latam.


Nos voos internacionais, a mudança das regras é imediata e vai depender do destino:


América do Sul:

Primeira mala de até 23 kg: grátis

Segunda mala de até 23 kg: US$ 90 (R$ 280)


Demais destinos internacionais:

Duas malas de até 23 kg: grátis (atualmente o passageiro pode levar duas malas de 32 kg)


A redução do peso nos voos internacionais e cobrança nos voos domésticos foi possível graças a uma resolução de dezembro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que acabou com a franquia de bagagem. Na época, a agência afirmou que tinha como meta reduzir o custos operacionais das companhias aéreas e permitir uma queda nos preços das passagens.


Outras mudanças

A partir do dia 14 de março, a bagagem de mão poderá ser maior. A nova resolução da Anac prevê o limite de pelo menos 10 kg para cada passageiro. A Latam anunciou que nas classes Premium Business e Premium Economy o limite será de 16 kg. Em todos os casos, a bagagem de mão não poderá ter dimensões maiores que 55 cm de altura x 35 cm de largura x 25 cm de espessura.


No caso de excesso de peso, a Latam passará a cobrar valores fixos dos passageiros.


De 24 kg a 33 kg:


Voos domésticos: R$ 120

Voos para América do Sul: US$ 90 (R$ 280)

Voos para demais destinos internacionais: US$ 100 (R$ 312)


De 34 kg a 45 kg:


Voos domésticos: R$ 200

Voos para América do Sul: US$ 180 (R$ 560)

Voos para demais destinos internacionais: US$ 200 (R$ 624)


Projeto era para que passagens diminuíssem, não aumentassem

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aprovou, no dia 13 de dezembro, mudanças nas regras de transporte aéreo. O ponto mais polêmico foi permitir que as empresas cobrem pelo despacho de bagagem.


A promessa era que o preço das passagens deveria cair. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, disse em entrevista ao UOL que se os preços das passagens não caírem, a liberação da cobrança de bagagem poderia ser revista.


A Gol, concorrente da Latam, anunciou em fevereiro que teria passagens mais baratas para quem não despachasse malas, mas não revelou de quanto seria o desconto.


Pressão do governo

Com a polêmica da cobrança pela bagagem despachada, o Senado chegou a aprovar um projeto para suspender a resolução da Anac. O projeto, no entanto, está parado na Câmara dos Deputados. O governo tem feito pressão pela manutenção das regras aprovadas pela Anac.


“Será que com essa modificação a gente vai ter a garantia da diminuição do preço? Nós temos que tentar, porque onde isso foi implementado no mundo deu certo e o preço caiu”, disse. “Nós vamos acompanhar. Isso é o que toda a população espera. Se isso (queda dos preços) não acontecer, com certeza será revisto”, afirmou em entrevista ao Todos a Bordo em janeiro.

uol.com.br