Publicado em 23/03/2017

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Polícia prende sete suspeitos de envolvimento em atentado na Inglaterra

Ataque próximo ao Parlamento britânico deixou quatro mortos e cerca de 40 feridos


Mark Rowley atualizou informações sobre o atentado em frente à sede da Scotland Yard, no início da manhã


A polícia britânica prendeu sete pessoas investigadas por ligação com o ataque que matou três pessoas e deixou cerca de 40 feridas nesta quarta-feira, 22, em Londres. A informação foi divulgada pelo chefe do serviço antiterrorismo britânico, Mark Rowley, na manhã desta quinta-feira, 23.


O oficial afirmou que, até o momento, são registradas quatro mortes — incluindo o autor do ataque — e 29 pessoas internadas em hospitais, sendo que sete estão em condições críticas. A polícia chegou a afirmar, ontem, que o total de mortes chegava a cinco. O número exato de feridos ainda é contabilizado.


Rowley revelou que foram vasculhados seis endereços em Londres, Birmingham e outras regiões do país. "Ainda acreditamos que o autor agiu sozinho e se inspirou no 'terrorismo internacional'. Até o momento, não temos informações específicas sobre novas ameaças à população", disse.


O porta-voz informou que as vítimas do atentado são de várias nacionalidades, mas não revelou detalhes. Os mortos são um policial que foi esfaqueado e dois pedestres que passavam pelo local — uma mulher em torno de 40 anos e um homem em torno de 50. A quarta vítima fatal foi o terrorista.


A polícia acredita ter identificado o autor do atentado, mas ainda não divulgou o nome e a nacionalidade dele. De acordo com um oficial que falou sob condição de anonimato à reportagem da Associated Press (AP), o homem já era conhecido das autoridades de segurança britânicas.


O ataque começou quando ele atravessou a ponte de Westminster em um carro, arrastando pedestres pelo caminho. Em seguida, jogou o veículo contra os portões do Parlamento, escalou grades e esfaqueou um policial, antes de ser morto a tiros por outros agentes da polícia.


O nível de ameaça de terrorismo internacional ao Reino Unido já era classificado como alto, o que significa que um ataque seria 'altamente provável'. A primeira-ministra, Theresa May, disse que o nível não seria alterado. Ela ressaltou que "tentativas de ferir a democracia e a liberdade não terão sucesso". Desde ontem, May classifica o ataque como uma ação terrorista.


Três estudantes franceses de idades entre 15 e 16 anos, dois turistas romenos e cinco sul-coreanos estão entre os feridos. Um médico que tratou feridos afirmou que alguns têm ferimentos 'catastróficos'.


Parlamentares e funcionários do governo ficaram sitiados depois que o assassino foi baleado. A ponte de Westminster permanece cercada, com forte presença policial, assim como a estação de metrô Westminster. O Parlamento, no entanto, voltou a funcionar no início da manhã em demonstração de resistência e solidariedade.

estadao.com.br