Publicado em 31/08/2016
Dilma sofre impeachment e não é mais presidente
Presidente afastada perdeu mandato por 61 votos favoráveis e 20 contrários.
Com 61 votos a favor e 20 contra, o Senado julgou a Dilma Rosseff culpada por cometer crimes fiscais quando estava no cargo. A votação foi o último capítulo do processo que se iniciou em dezembro do ano passado.
O resultado não foi surpresa. Nas horas anteriores à
votação, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados de Dilma já
esperam por um revés. O discurso de defesa da petista não foi capaz de mudar o
voto de um número suficiente de senadores. A votação interrompe um longo
período de governo federal sob comando do PT. Este era o quarto mandato
consecutivo do partido.
Ao longo dos últimos meses, o Brasil assistiu a um processo longo e, em alguns momentos, tumultuado. Tudo começou no final de 2015. O então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha acatou um dos pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff. A acusação foi escrita pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal. A acusação afirmava que Dilma Rousseff havia cometido crimes de responsabilidade fiscal. Um dos passos mais significativos foi a aprovação do pedido de abertura do processo na Câmara dos Deputados. Em abril deste ano, os deputados votaram pela abertura. Foram 367 votos a favor – eram necessários ao menos 342 votos. Ali, a desarticulação política do governo Dilma passou a ser notada de forma escancarada. Após votação, o plenário do Senado decidiu que Dilma deveria ser afastada por até 180 dias do cargo.
Na ocasião, 55 senadores votaram pelo afastamento e 22 pela permanência da presidente. Com o resultado, o vice-presidente Michel Temer assumiu o governo de forma interina.
A partir desse momento, quem assume a responsabilidade
pelo rito do impeachment é o presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Foi sob o
comando dele que a etapa final do processo aconteceu durante a última semana.