Publicado em 23/05/2018

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Palestinos decidem aderir à Convenção sobre Armas Químicas

Anúncio foi feito pela Organização para Proibição das Armas Químicas (Opaq).


Palestinos decidem aderir à Convenção sobre Armas Químicas


Os palestinos decidiram aderir à Convenção sobre as Armas Químicas, anunciou nesta quarta-feira (23) a Organização para Proibição das Armas Químicas (Opaq), que tem sede em Haia, segundo a France Presse.


"O Estado da Palestina depositou o instrumento de adesão à Convenção sobre as Armas Químicas", destacou a Opaq em um comunicado. A organização é encarregada de controlar o cumprimento do tratado multilateral em que 191 países se comprometem a abrir mão de armas químicas.


A chamada Convenção de Armas Químicas (CAQ) foi assinada em 1993, em Paris, e está em vigor desde abril de 1997. Seus membros equivalem a 98% da população mundial.


Quatro países - Coreia do Norte, Angola, Egito e Sudão do Sul - não assinaram nem ratificaram a convenção, embora o último já tenha manifestado interesse em fazê-lo. Israel assinou em 1993, mas não ratificou (aprovou no parlamento).


Tribunal Penal Internacional

O anúncio sobre a decisão palestina de aderir à Opaq acontece um dia depois dos palestinos solicitarem ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma investigação sobre supostos crimes de guerra israelenses na Faixa de Gaza.


Na terça-feira (22), o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, pediu ainda uma investigação sobre a suposta segreção dos palestinos imposta por israelenses. Para Israel, pedido não tem validade jurídica.


A pedido dos palestinos após a guerra na Faixa de Gaza no verão de 2014, o TPI lançou em 2015 uma investigação preliminar sobre acusações de crimes de guerra em Israel e nos Territórios palestinos. Mas ainda deve decidir se abrirá uma investigação completa sobre alegados crimes de guerra.


De acordo com Maliki, a iniciativa palestina ocorre "em razão da intensidade, do ritmo e da gravidade dos crimes contra nosso povo", incluindo o ataque a "manifestantes desarmados na Faixa de Gaza".

AFP