Publicado em 20/03/2019

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Cresce para 22,2% proporção de domicílios sem nenhuma renda de trabalho, aponta Ipea

Parcela de domicílios com renda muito baixa também aumentou, de 29,8% no 4º trimestre de 2017 para 30,1% no 4º trimestre de 2018.


Cresce proporção de domicílios sem nenhuma renda de trabalho. (FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)


Em meio ao desemprego elevada e recuperação ainda lenta do mercado de trabalho, aumentou o percentual de domicílios no país sem nenhuma renda proveniente de trabalho ou com renda muito baixa, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).


De acordo com o estudo, a parcela de domicílios em que os entrevistados declaram não ter nenhum membro desempenhando uma atividade remunerada passou de 21,5% no quarto trimestre de 2017 para 22,2% no último trimestre de 2018. Antes da recessão, no final de 2013, era de 18,6%.




Já a proporção de domicílios com renda muito baixa aumentou de 29,8% para 30,1%, na mesma base de comparação. No 4º trimestre de 2013, era 27,5%.


A pesquisa mostra também que vem crescendo a desigualdade salarial entre os os domicílios, como já evidenciado pelo desempenho do índice de Gini no ano passado. No quarto trimestre de 2014, a média da renda domiciliar do trabalho para a faixa de renda alta era 27,8 vezes maior que a média da renda da faixa de renda muito baixa. Já no último trimestre de 2018, a média da renda domiciliar da faixa mais alta era 30,3 vezes maior.


"Para o restante do ano, a expectativa é de manutenção da recuperação gradual do emprego e da renda média. Apesar da expectativa de aceleração da atividade eco-nômica para o segundo semestre, devido à esperada aprovação da reforma previdenciária, pouco alterada pelo Congresso, os efeitos sobre o mercado de trabalho só devem surgir com mais intensidade no fim de 2019 e ao longo de 2020", destaca o estudo.

G1.globo.com